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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Onde o Google quer chegar?

O Google nasceu como um site de busca, mas a empresa expande seus negócios para muito além disso – bem além.

Os anúncios recentes do primeiro celular da empresa, o Nexus One; de um sistema operacional; de um navegador; e de novas ferramentas de colaboração social que estão sendo produzidas mostra como a empresa saiu bastante do seu projeto inicial – e que foi extremamente bem sucedido – de ser um serviço de buscas.



Alguns analistas dizem que a expansão do Google pode ser um risco, mas o fato é que a empresa precisa encontrar meios além do mecanismo de busca para ampliar negócios.

“O smartphone tem potencial para se tornar um sucesso”, avalia o analista da Enderle Group, Rob Enderle. “Você precisa dar crédito à eles pela coragem de fazer isso. O Google corre algum risco aqui. Quando você tenta fazer muita coisa, começa a perder o rumo do que você realmente é e perde o foco nos consumidores. Existe o risco de o Google estar perdendo seu caminho. Mas só porque existe o risco não significa que você não deva fazer. Se fosse para evitar problemas, não sairíamos da cama de manhã.”

Sinônimo de busca
Apenas 11 anos atrás, o Google era lançado como um mecanismo de busca e cresceu rapidamente para se tornar um gigante da internet. O Google, que já é sinônimo de busca, é uma das maiores histórias de sucesso na internet. Hoje, a empresa “possui” o mercado de buscas com 64% de participação.

Mas os executivos do Google têm visivelmente sonhos maiores para os negócios. A empresa melhorou o sistema de busca ao longo dos anos, adicionando recursos populares como o Google Maps e o Google Earth, além de serviços como o Gmail.

Mas os esforços da companhia para se expandir aumentaram nos últimos seis meses. Recentemente, a empresa definiu a Microsoft como rival e começou a desenvolver o navegador Chrome, além do sistema operacional Chrome OS. Enquanto isso, em setembro a empresa abriu uma versão de testes da plataforma de colaboração Google Wave para 100 mil usuários.

“O Google não pensa em si mesmo como um sistema de buscas, mesmo que esse seja seu maior sucesso”, disse Enderle. “Eles não querem ser apenas isso. A longo prazo, um sistema de buscas não é sustentável. As buscas do Google podem se tornar irrelevantes.”

Outras coisas
A analista da Technology Business Research Ezra Gottheil acredita que o Google ainda quer ser uma empresa de buscas. Mas também quer ser um monte de outras coisas. “O Google quer usar sua competência para fazer mais e mais dinheiro para seus investidores. O foco deles é no desenvolvimento de softwares. Isso é o que eles fazem.”

Para o analista da The Gabriel Consulting Group Dan Olds, o sistema de busca é um trampolim para outros negócios. “O Google é definitivamente uma empresa de buscas. Apesar de todas as outras atividades, a maior parte da receita e do lucro vem do mecanismo de pesquisa e a empresa está intimamente identificada com ele”, diz Olds.

“Não vejo atividades do Google em outra linha de negócios como um jeito deles de se afastarem das raízes. É o contrário, é um jeito que eles encontraram para conseguir mais usuários, consolidando a posição de empresa que domina a publicidade na web.”, finaliza Olds.

Então o Google corre riscos indo nessa direção? Claro. A companhia definitivamente tem muitos projetos simultâneos, mas apenas o tempo vai dizer se conseguirão gerenciar todos

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