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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Campus Party 2010 - Impressões iniciais

Não me sinto feliz por dizer que, após dois dias de Campus Party, ficou claro que tudo está bem mais morno na edição deste ano.

Não vou colocar em pauta aqui a segunda feira, que foi o dia da chegada. Mas ontem, tanto as oficinas, quanto as conhecidas noites de bagunça estavam amenas. Até as 3am desta quarta-feira o máximo que aconteceu foi o pessoal (sic) bater palmas e gritar “ôôô”… Após isso ensaiou-se uma fila com alguns tocando violão e cantando juntos, algo meio Dr. Robert em “Across The Universe”, mas foi só.

Do lado de dentro, na área dos campuseiros, a situação está mais “confortável”, em diversos aspectos. É fácil achar um sofá ou puff para dar uma relaxada. E é comum ouvir comentários sobre tédio e situações enfadonhas, não sei se uma coisa tem relação com a outra.



Falta uma fagulha. Falta algum fator explosivo.
Apesar dos problemas que aconteceram na edição de 2009, senti falta de atrações musicais. As festas do ano passado definitivamente garantiam entretenimento em noites que poderiam ser dominadas pelo sono. Já em 2010 as barracas estão mais cheias no período noturno.

E não são de casais animados. Como em todas as edições do evento, pouco ou nada se vê a respeito desse tipo de interação. Alguns nerds ainda arriscam a sorte, mas tudo indica que a Campus Party não é lá o ambiente mais romântico do mundo. Caso alguém conheça um casal formado durante a feira, nos conte.

E, como acontece desde que o Centro de Exposição Imigrantes foi escolhido como o local da Campus Party, o som de um campus atrapalha MUITO o outro. Muitas pessoas só conseguiram acompanhar os eventos por streaming, onde o áudio vinha direto da mesa de som.

Algumas oficinas eram constantemente interrompidas por interferência de palestras próximas.

Até o game com cartões RFID, que prometia uma atividade envolvendo muitos campuseiros, deu problema e ficou um bom tempo sem funcionar.

De qualquer forma o hacker Kevin Mitnick, os blogueiros do Jovem Nerd e o campeonato de Street Fighter IV salvaram o dia.

As atrações na área gratuita também estão menos interativas, apesar do Spray Virtual e do Headbanger Hero. A área “Ponto de Rede” mostrou o lado literal da feira, com redes preguiçosas para deitar, mas a oficina de rádio da CBN está lá e continua concorrida, bem como três consoles Playstation 3 ligados na área da Telefonica.

Não muda em relação à edição passada o download frenético e compartilhamento de conteúdo. É fácil ver gerenciadores de arquivos Torrent abertos com filas numerosas. E redes alternativas permitem que os geeks troquem arquivos de músicas, filmes e séries aos gigabytes.

Outro fator que continua incomodando os visitantes é a alimentação que é cara e o serviço de buffet é bem precário.

A segurança foi melhorada, mas ainda há falhas. Por duas vezes eu saí do pavilhão sem ser revistado apenas por estar portando uma credencial de imprensa.

Vale dizer que é sempre uma ótima oportunidade para rever amigos ou conhecer aqueles nerds que apenas conversamos virtualmente. Aqui cabe um abraço ao @mausaldanha e @obrunomendonca que garantiram vários momentos divertidos.

A Campus Party está muito menos para entretenimento e bem mais para informação. O que não é de forma alguma um demérito, mas está bem longe do propósito inicial de muitos dos presentes.

Espero que as coisas melhorem até sábado.

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