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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Robô iCub ajuda cientistas a compreender seres humanos


Robôs que podem tomar decisões próprias até o momento estão confinados a filmes de ficção científica, mas uma figura do tamanho de uma criança, com olhos grandes e um rosto branco, está se esforçando por transformar a ficção em realidade. Seu nome é iCub, e os cientistas esperam que aprenda a adaptar seu comportamento às circunstâncias mutáveis, oferecendo novas percepções sobre o desenvolvimento da consciência humana.

Seis versões do iCub existem em laboratórios da Europa, onde os cientistas estão alterando minuciosamente o seu cérebro eletrônico de maneira a tornar o robô capaz de aprendizado, como uma criança. "Nosso objetivo é realmente compreender algo que é muito humano: a capacidade de cooperar, de compreender o que outra pessoa deseja que façamos, e de podermos nos alinhar com elas e trabalhar juntos", disse Peter Ford Dominey, diretor da pesquisa.

O iCub tem cerca de um metro de altura e conta com tronco, braços e pernas articulados e feitos de intrincados circuitos eletrônicos. O robô tem um rosto branco, com traços de nariz e grandes olhos redondos capazes de ver e acompanhar o movimento de objetos.

"Vamos jogar um jogo velho ou um jogo novo?", perguntou o iCub a Dominey em recente experiência conduzida em um laboratório de Lyon, no sudeste da França. Sua voz era robótica,o que não surpreende, mas tinha a entonação que uma pessoa adota ao fazer uma pergunta.

O "jogo" envolvia uma pessoa que apanhava uma caixa, revelando um brinquedo colocado embaixo dela. Depois, uma segunda pessoa levantava o objeto e voltava a colocá-lo no lugar. Por fim, a primeira pessoa reposicionava a caixa por sobre o brinquedo.

Depois de assistir a dois seres humanos realizando essas ações, o iCub aprende como participar da diversão.















"O robô está demonstrando que é capaz de mudar de papel. Pode desempenhar o papel da primeira ou o da segunda pessoa nessa interação", disse Dominey, que recebeu verbas da União Europeia para seu trabalho com o iCub.

Embora passatempos simples como esses possam parecer decepcionantes para os fãs de C-3PO, o robô dos filmes Guerra nas Estrelas que se gaba de fluência em 6 milhões de formas de comunicação, eles estão na vanguarda da robótica e apresentam claro interesse científico.

Reuters

Bem que poderiam inventar um que fizessem nossos trabalhos acadêmicos não é? nada mal...

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